O presente texto tem a pretensão de provocar nos professores reflexão sobre a utilização dos weblogs na educação e na prática como diversos conteúdos e disciplinas, trabalhados em sala de aula, podem ser expandidos tanto em conhecimento quanto em número de estudantes e professores abrangidos quando se faz o uso da internet.
Inquestionavelmente a escola não pode ficar alheia aos constantes avanços tecnológicos, pois estes fazem parte do dia a dia de nossos alunos. O uso das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) em sala de aula aproxima o estudante de sua realidade e torna as aulas mais atrativas.
Maria de Fátima Franco apresenta o ponto de vista de Bull (2003): como os blogs possuem espaços limitados, os estudantes se sentem obrigados a sintetizarem seus textos, demonstrando seu pensamento tanto como leitores quanto escritores. Como características instrutivas de um blog ficam ressaltados a economia, comunicação interativa, o imediatismo e a participação ativa. Tais características podem ser muito válidas e pertinentes de serem trabalhadas no ambiente escolar, fazendo com que os blogs, flogs, webquests... sejam uma ferramenta pedagógica a mais que o educador pode lançar mão, visando a melhoria e aprimoramento do processo ensino-aprendizagem. Em Língua Portuguesa, por exemplo, Franco demonstra sua experiência com a construção de um weblog e a análise de uma história escolhida, A Fada Desempregada, o que a fizeram constatar grande participação dos alunos através de comentários, evidenciando estratégias linguísticas-cognitivas que demonstraram a complementação, a correção, a enfatização, a exemplificação, a justificativa, a paráfrase, a repetição e o resumo.
Segundo Suzana Gutierrez o simples fato de comentar as postagens dos colegas aponta para a possibilidade do diálogo e da cooperação. “Os comentários são um espaço possível do diálogo que pressupõe a diferença e conserva as identidades dos que dialogam.”
Do exposto pode-se concluir que muitos aspectos e características inerentes aos weblogs são favoráveis ao ambiente escolar. O professor não deve se sentir coagido ou com receio de experimentar as tecnologias educacionais informatizadas (TEI) em sala de aula, no entanto, é essencial que haja um bom planejamento das atividades a serem desenvolvidas e constante orientação aos alunos, para que estes não percam o foco desejado e assim os objetivos sejam realmente alcançados.
Xênia Dornelas
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